terça-feira, 24 de abril de 2007

Será a fé uma "língua estrangeira"?

A fé parece ser, assim, uma parente próxima do carinho, dos gestos amorosos, dos beijos furtivos de final de tarde num daqueles pôr-do-sol que se estendem até aos primeiros esgares da aurora... Desta feita, "ter fé" (ou "ser crente") parece ser tão natural (mas também tão insólito, ou tão espantoso) como "amar" (ou andar num desvario febril de "bem-querer" alguém).
Porém, muitas vezes perguntamo-nos, mesmo que roçando o ridículo: o que devo fazer da fé? Tenho-a, mas o que é que isso tem que ver com a minha vida?
O ridículo desta questão só se percebe se, a par dela, fizermos uma outra, bastante semelhante, relativamente ao amor: o que devo fazer do amor? Amo, mas o que é que isso tem que ver com a minha vida?
[Nesta altura alguns estarão muito perto duma taquicardia de tanto gozar, outros, mais moderados, terão esboçado um breve sorriso e, finalmente, outros simplesmente viram novamente confirmadas as suas suspeitas quanto à minha insanidade...]
A fé, como o amor, tem tanto de inútil como de indispensável. Afinal, por si mesmo o amor não alimenta ninguém (pelo contrário: quem não sentiu já os "fastios de amor", aqueles momentos em que o estômago parece barricado numa ânsia de sorver somente o gosto, o cheiro, a presença daqueloutro desejado...?) se não se fizer acompanhar de "gestos amorosos"... No entanto, é difícil conceber uma só pessoa que preferisse uma vida toda ela funcional mas amorosamente "estéril" a outra, mesmo que atribulada, tomada por esse não-sei-quê amável...
Deste modo, a fé, assim como o amor, goza de "linguagens próprias" (e não me estou aqui a referir às mal-amadas "beatices" que muito nos arrepiam...). Mas que linguagens?
Deixo-vos dois "clips" que espero que possam despertar a vossa vontade de reflectir...

[Bobby Mcferrin: para saber mais, http://www.bobbymcferrin.com/]


[Robot dance: vencedores de um concurso de Hip-Hop]

Proponho-vos, agora, que leiam este salmo:

Salmo 150 HINO FINAL DE LOUVOR

1*Aleluia!Louvai a Deus no seu santuário;

louvai-o no seu majestoso firmamento!

2*Louvai-o pelos seus feitos valorosos;

louvai-o por todas as suas grandes proezas!

3*Louvai-o ao som da trombeta;

louvai-o com a harpa e a cítara!

4Louvai-o com tambores e danças;

louvai-o com instrumentos de corda e flautas!

5Louvai-o com címbalos sonoros;

louvai-o com címbalos vibrantes!

6*Tudo o que respira louve o SENHOR!Aleluia!

Para concluir: vejam novamente os "clips" e releiam o salmo. O que têm agora a dizer acerca das "linguagens da fé"?

2 comentários:

João Barreiro disse...

Ahhh, a musica, a musica :)
Bom, em 1º lugar, quero deixar aqui bem expresso que na minha opiniao aquelas 4 linhas entre parentesis rectos estao absolutamente magnificas :P
Ora, eu acho que o que se pode "apreder" deste post é que, tal como diz no salmo, por outras palavras penso que será, louva Deus em qualquer lugar, pelas mil e uma coisas que ele fez, louva-o de muitas maneiras, e por final, "tudo o que respiral louve o SENHOR!Aleluia".
Penso que isto quererá dizer que podemos (e devemos) louvá-lo, amá-lo, em toda a nossa vida, enquanto "respirarmos", faz-me um bocado lembrar o "Cantarei ao Senhor" ou o "Benissez le Seigneur", que eu gosto especialmente porque á medida que fui interiorizando essa letra fez-me ver a beleza da criaçao e de tudo o que se pode ver de belo, tudo isso a louvar a Deus.
Enfim, já me estou a trocar um bocado, acho que resumindo isto quererá dizer que (tendo em conta a tal questao da linguagem propria da fé e os videos com diferentes "criaçoes"), sim, podemos louvar a Deus com todas as coisas belas que podemos criar e fazer, enfim, com as nossas acçoes.
Resumindo (outra vez lol), qualquer coisa do género "faz o que fizeres, mas nisso, ama Deus" (e por conseguite as outras pessoas) ou ainda melhor, a frase do irmao Roger "ama e di-lo com a tua vida".
Desculpem pelo texto comprido, uma pessoa escreve as coisas ao calhas sem delinear o texto e depois fica assim :S mas com o tempo e a experiencia vai melhorando :P
fiquem bem
João Barreiro

Anónimo disse...

"Ama e di-lo com a tua vida", escrita esta frase p'lo Irmão Roger, mudou a minha vjda, tal como Taizé... fanática dirão os k não m conhecem, os k sim já sabem cm é :)).
Realmente, querido Rui, não sou capaz de compreender a FÉ das pessoas hoje...
Estive afastada muitos anos da Igreja pk pensava k quem là ia e eu conhecia, eram pessoas cuja vida me confundia pk não tinha muito a ver com o k eu sabia k se lá ensinava.
Depois d Taizé, k m importa o k os outros fazem com a vida deles? Eu tenho é k viver a minha e vivê-la d acordo com akilo k EU lá aprendi e mostrá-lo a 'esses' outros... em Taizé aprendi a simplicidade, a união, a partilha, a comunhão, a música(akeles canticos k nos fazem pensar em tts ocasiões difíceis da vida e ao mm tempo agradecer e louvar por esses momentos k nos fazem crescer na Fé e na vida), em kk idioma, cor, credo...
Louvor = elogio, honra...no dicionário.
K melhor elogio e k melhor forma de Louvar o Senhor do k fazê-lo com a nossa vida, o nosso exemplo?
No trabalho, com os amigos, nos momentos de silêncio (k aprendi a viver em Taizé), sei lá... .
Joãozinho...até kd pensamos desistir na caminhada a pé até Fátima...
tal cm o João, já falei d +...
bjinhos pessoal
Palmira

Rui...kto à tua insanidade... kk dia falamx :P :D