terça-feira, 24 de abril de 2007

Actividade no próximo fim-de-semana

Será que algum de vocês está interessado em dormir comigo (?!!!) e com uma multidão de rapaziada (ufa!) que estará acampada na Quinta da Cardiga (próxima do Entroncamento) de sexta a Domingo próximos durante a Festa da Família?
Os que estiverem interessados, mesmo que sob a condição de eu não me aproximar muito (sobretudo por questões odoríferas) tratem de me avisar ou, no caso de se quererem certificar de que efectivamente vos estou a dar uma informação correcta, vejam em http://www.festadafamilia.com/htmls/home.shtml.
Espero ver-vos lá! Bacalhaus do semina!
[Nota: leiam os dois "posts" seguintes começando pelo segundo - que está mais abaixo, portanto -, por favor...]

Será a fé uma "língua estrangeira"?

A fé parece ser, assim, uma parente próxima do carinho, dos gestos amorosos, dos beijos furtivos de final de tarde num daqueles pôr-do-sol que se estendem até aos primeiros esgares da aurora... Desta feita, "ter fé" (ou "ser crente") parece ser tão natural (mas também tão insólito, ou tão espantoso) como "amar" (ou andar num desvario febril de "bem-querer" alguém).
Porém, muitas vezes perguntamo-nos, mesmo que roçando o ridículo: o que devo fazer da fé? Tenho-a, mas o que é que isso tem que ver com a minha vida?
O ridículo desta questão só se percebe se, a par dela, fizermos uma outra, bastante semelhante, relativamente ao amor: o que devo fazer do amor? Amo, mas o que é que isso tem que ver com a minha vida?
[Nesta altura alguns estarão muito perto duma taquicardia de tanto gozar, outros, mais moderados, terão esboçado um breve sorriso e, finalmente, outros simplesmente viram novamente confirmadas as suas suspeitas quanto à minha insanidade...]
A fé, como o amor, tem tanto de inútil como de indispensável. Afinal, por si mesmo o amor não alimenta ninguém (pelo contrário: quem não sentiu já os "fastios de amor", aqueles momentos em que o estômago parece barricado numa ânsia de sorver somente o gosto, o cheiro, a presença daqueloutro desejado...?) se não se fizer acompanhar de "gestos amorosos"... No entanto, é difícil conceber uma só pessoa que preferisse uma vida toda ela funcional mas amorosamente "estéril" a outra, mesmo que atribulada, tomada por esse não-sei-quê amável...
Deste modo, a fé, assim como o amor, goza de "linguagens próprias" (e não me estou aqui a referir às mal-amadas "beatices" que muito nos arrepiam...). Mas que linguagens?
Deixo-vos dois "clips" que espero que possam despertar a vossa vontade de reflectir...

[Bobby Mcferrin: para saber mais, http://www.bobbymcferrin.com/]


[Robot dance: vencedores de um concurso de Hip-Hop]

Proponho-vos, agora, que leiam este salmo:

Salmo 150 HINO FINAL DE LOUVOR

1*Aleluia!Louvai a Deus no seu santuário;

louvai-o no seu majestoso firmamento!

2*Louvai-o pelos seus feitos valorosos;

louvai-o por todas as suas grandes proezas!

3*Louvai-o ao som da trombeta;

louvai-o com a harpa e a cítara!

4Louvai-o com tambores e danças;

louvai-o com instrumentos de corda e flautas!

5Louvai-o com címbalos sonoros;

louvai-o com címbalos vibrantes!

6*Tudo o que respira louve o SENHOR!Aleluia!

Para concluir: vejam novamente os "clips" e releiam o salmo. O que têm agora a dizer acerca das "linguagens da fé"?

Querer beijar e crer num beijo...

Depois de vários dias sem dar sinais de vida, acabei por encontrar tempo bastante para rabiscar umas frases para reflectirmos. Se bem se lembram, terminei o último "post" com o desafio de pensarmos sobre o que é, afinal, a fé. Para isso, em vez de "despejar" para o écrã, por meio do teclado, uma resma de ideias sobre o assunto, pensei que vos poderia provocar com um pequeno "clip" da série "The O.C." (que, decerto, muitos conhecerão) que depois poderíamos, mesmo que a custo de alguma violência (!), comentar. Ora então aqui vai disto:

Primeiro "clip": O primeiro beijo de Ryan e Taylor [ver a partir dos 5 minutos e 55 segundos]

Enredo: Taylor, que está perdida de amores por Ryan (ainda doloroso pela morte de Marissa, sua antiga namorada), descobre que aquele sofre de insónias (tal a angústia que ainda sente). Porém, depois de muitos esforços vãos (o rapaz - pugilista - dá luta...), achando-se quase a ponto de resignar (como se a "conquista" daquele "princípe" lhe estivesse vedada), vê-se "instigada" por Seth ("amigo visceral" de Ryan) a não desistir. Como tal, empunhando uma chávena de chá (pretenso remédio para os tormentos do sono...), procura Ryan para lhe propor que arriscassem dar um beijo a ver se nesse encontro os corações tomassem dos lábios o exemplo, cravando-se um no outro...

Perguntinha de "algibeira": terá este "clip" alguma coisa que ver com a fé?

Para provocar a reflexão: por vezes somos assaltados por uma profunda inquietação que nos sequestra o sono e, mais ainda, os sonhos. Para muitos, essa perturbação pode ser traduzida nesta interrogação: "Porque será que não tenho fé? Estará Deus de costas voltadas para mim? Por que crêem uns e outros, como eu, não?". Porventura, a serenidade [da fé] está à distância desse beijo, simultaneamente arriscado e ternurento, que no toque nos desperta para o mundo dos sonhos, onde o coração deriva de tranquilidade, e as ideias cirandam de criatividade...